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Os dados da pesquisa também indicam o Brasil como maior exportador de carne bovina do mundo neste período. A pecuária brasileira representou 14,3% do rebanho mundial e, adicionando-se às produções de carne suína e aves, o país passa a ocupar o segundo lugar como exportador de carnes. Os indicadores nacionais são ainda generosos com a produção de frutas, açúcar e café em grãos. No tocante ao mercado interno, na Bahia, o ano de 2021 foi auspicioso para a nossa lavoura cacaueira, que produziu 39,72% a mais do que a safra anterior, conforme a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Dados (AIPC), levando-se em consideração que a marca de 100.864 toneladas situa o estado como maior produtor de cacau do Brasil.
Esse resultado crescente do setor agropecuário no Brasil gerou 140,9 mil novos postos de trabalho no ano passado, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência. A análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasl (CNA) indica que o saldo de 2021 é quase quatro vezes maior do que o de 2020 e o Nordeste contribuiu com 20.700 empregos (cultivo da soja, cana e gado bovino), ficando em segundo lugar entre as regiões.
Os dados promissores apontam a responsabilidade que nos pesa no tocante à otimização dos processos de produção e logística de escoamento dos produtos para o mercado internacional. À medida que as demandas evoluem, cabe-nos produzir mais com menos. Estimativas apontam que até 2050 precisaremos incrementar em mais 70% do volume de alimentos produzidos hoje e, nesse contexto, Oliver Wyman, no seu relatório “4.0 – O Futuro da Tecnologia Agropecuária”, nos traz preocupações sobre mudanças climáticas, demografia, escassez de recursos naturais e desperdício de alimentos. As pragas nas lavouras custam mais de US$220 bilhões por ano, conforme a FAO, acrescidas das perdas provocadas pelas mudanças climáticas. Ao contrário do que se tem dito, o Brasil não é o maior consumidor de pesticida. Segundo a FAO, o país ocupa a 44ª posição mundial por hectare cultivado. O uso correto e científico dos pesticidas poderá aumentar a produção e diminuir o preço dos alimentos na mesa do consumidor. A segurança alimentar é uma preocupação e uma prioridade para alcançar metas mais desafiadoras, sendo necessário maior conectividade no campo, aumento da mão de obra qualificada e incremento na logística de escoamento para que seja proporcionado maior desenvolvimento da produção e a redução do desperdício.
Sobre Paulo Câmara
Paulo Câmara é deputado estadual pela Bahia, suplente da Comissão permanente de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
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FONTE Paulo Câmara
SOURCE Paulo Câmara
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